Junho 2010
Sustentabilidade e luxo
Algo de Dubai e um pouco de Shakespeare. O jovem designer inglês Alistair Callender, de 24 anos, não precisou de muito mais do que isso para lançar um projeto que vem revolucionando o mercado de iates de luxo. Com o seu Soliloquy, o setor deve finalmente ser agitado pelas ondas da sustentabilidade.
Nada de poluição. É isso que promete Callender. Para tanto, ele propõe a combinação entre energia solar, eólica e do mar. O sistema assegura uma navegação de 12 horas a oito nós de velocidade, renováveis na medida em que as baterias são carregadas com o sol durante a viagem. Nesse sentido, colaboram as janelas de vidros espalhadas pelo deck principal, que funcionam como um grande painel de absorção de energia.
Com 190 pés (58m) de comprimento e uma decoração moderna feita com fibras naturais, couro reciclado e madeira, o Soliloquy pode abrigar até 15 pessoas e conta com quatro quartos e uma sala de ginástica. O responsável pelo superiate, Callender, comemora a recepção do mercado ao conceito de eco-luxo idealizado por ele.
"Esse modelo é uma inspiração para as novas gerações. Sustentabilidade é algo muito próximo ao meu coração. Eu sou apaixonado pelo planeta e por iates e, com o Soliloquy, consegui materializar as duas coisas. Nós temos visto cada vez mais barcos e clientes indo nesse caminho. Acredito que, assim, as pessoas podem mostrar ao mundo que estão fazendo a sua parte para colaborar com o meio-ambiente", disse.
Menos barulhento que seus pares, o Soliloquy não solta fumaça e não apresenta praticamente nenhuma vibração durante a viagem. Dois elementos distintos estão por trás desse inédito projeto entre as embarcações de luxo.
"A minha referência inicial foi a cidade de Masdar, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. É um lugar ecologicamente correto com emissão zero de poluentes e auto-sustentável. Paralelamente a isso, recorri a uma peça de Shakespeare para nomear a embarcação. Soliloquy é um termo que costumava ser usado quando os personagens revelavam seus desejos e pensamentos para a plateia. É como se esse superiate estivesse dizendo o mesmo para o mundo", explica Callender.
Projeto aclamado por onde passou, a despeito das críticas que suscitou a respeito de sua navegabilidade no mar, o Soliloquy já foi alvo de sondagens de empresários e pretende reaquecer o mercado de embarcações depois da crise que assolou o mundo. Os alvos são as famílias reais de Omã e dos Emirados, que gastaram milhões nesses barcos antes da derrocada econômica global.
"Eu estava cético no início, mas, depois de conversar com alguns clientes, vi que vários deles estão dispostos a gastar quantias de dinheiro consideráveis para aderir a essa maré verde. É algo a ser reforçado também pelo objetivo que reúne alguns deles de adquirir o primeiro iate sustentável", comenta Hein Velema, um dos mais famosos brokers de iates de Mônaco.
Exótico e autosustentável
"Esperamos abrir um novo caminho, oferecer um novo estilo de vida, que é diferente, sereno, contemplativo e que respeita o entretenimento, se movendo devagar pela água, combinando o prazer de velejar com absoluto conforto. Why é a união de nossos sonhos, um caminho verde que nos leva para longe com a vela". A afirmação de Pierre-Alexis Dumas diz muito sobre o magnífico Wally Hermés Yacht, o WHY Yacht, projetado por ele junto de Lucas Bassani Antivari.
Unindo um design diferente da maioria ea uma tecnologia autosustentável, grande conforto e estabilidade, o WHY está entre o que há de mais interessante no mercado náutico nesse momento. Lucas Bassani destaca as seguintes qualidades: espaço, estabilidade, independência, movimento e paz.
O WHY, que tem 58 metros (190 pés) de comprimento e inpensáveis 38 mestros (124) de largura, é baseado em reciclagem de energia termal, visando sustentabilidade e segurança, além de grande economia de combustível. É projeto em um formato peculiar, com um total de 3400 metros quadrados disponiveis para 12 exclusivos passagerios em pernoite. No total, são três andares de puro luxo e espaço mais que à vontade operados por uma tripulação que pode tranquilamente chegar a 20 pessoas, segundo o fabricante.
No terceiro andar, intitulado "espaço máster", há área reservada de 200 metros quadrados especialmente destinados ao proprietário do WHY. O espaço oferece acomodações internas privilegiadas, amplo local para banho de sol e, principalmente, uma visão única sobre os arredores marítimos.
Um piso abaixo, o WHY faz com que os convidados não sintam inveja. É um total de cinco suítes confortáveis, sendo duas delas com acesso direto para o terraço. Todas são circundadas por uma bela sala de leitura para a convivência.
O primeiro piso une multiplicidade, no espaço ideal para unir todos sortudos emarcados nos momentos de convivência. Há um longo deck onde todos podem se reunir sob o sol, no que se trata do maior perímetro, naturalmente, do WHY. O andar ainda contempla três salas: jantar, música e cinema.
Apesar de o WHY Yacht ser um projeto, existe uma maquete do barco em tamanho natural para os interessados executar o projeto e que para isso tenham potencial de investimento estimado em cerca de 150 milhões de dolares.
Especificações úteis:
Comprimento: 58 metros
Metros quadrados de áreas de convivência: 3400
Velocidade de cruzeiro: 12 nós
Velocidade máxima: 14 nós
Energia renovável produzida: 500 kWH/dia
Economia anual de combustível: 160 mil litros
Veja o vídeo do WHY Yacht e embarque neste sonho no site oficial do WHY YACHT.
Volta ao mundo
O maior "navio solar" do mundo, segundo seus construtores, foi apresentado nesta quinta-feira em Kiel, norte da Alemanha. A embarcação fará uma viagem pela Europa este ano e a volta ao mundo, em 2011.
"É um sentimento único ver concretizado, hoje, um sonho de tanto tempo", afirmou Raphael Domjan, iniciador do projeto e futuro capitão.
Com 30 metros de comprimento e 16 metros de largura, o navio está equipado com mais de 500 metros quadrados de painéis solares fotovoltaicos e será "limpo e silencioso", segundo PlanerSolar, nome da companhia responsável e da embarcação.
Poderá alcançar velocidade máxima de 15 nós (25 km/h) e capacidade para 50 pessoas. Para a volta ao mundo, os futuros tripulates pensam em permanecer o mais tempo possível perto do Equador para disfrutarem dias de Sol.
A viagem de 40 mil quilômetros deverá durar 140 dias, atravessando o Oceano Atlântico, o Canal de Panamá, o Oceano Pacífico e o Oceano Índico, até passar pelo Canal de Suez para chegar ao Mar Mediterrâneo.
Julho 2010
IV Concurso de Fotografia Digital “Lagos é Natural”
O concurso tem como objectivos mobilizar as pessoas para a observação do meio natural e desenvolver a consciência para a valorização do património natural e preservação do ambiente. Os temas: “Lagos é Natural”; “A Biodiversidade”; “O Homem e o Mar”; “Mundo Submerso” convidam, quer à exploração do litoral de Lagos e do seu património, como ao registo dos valores naturais noutros pontos do país, consoante o tema escolhido. A recepção das fotos enviadas por e-mail começa em 1 de Julho e termina em 10 de Setembro de 2010. Fonte: caisdosul.blogspot.com
Noticias do Porto de Sines
Lídia Sequeira, presidente do conselho de administração do porto de Sines, disse hoje que a China é um mercado estratégico para o porto português e manifestou o desejo de levar mais armadores para a infra-estrutura nacional. "Hoje, no shipping mundial, os crescimentos maiores de tráfego são com origem e destino no Oriente, e na China em particular", disse Lídia Sequeira à agência Lusa no final do primeiro de dois seminários realizados no centro de negócios do pavilhão português na Expo 2010, em Xangai, na China. A responsável realçou a importância de o porto de Sines ter "um serviço direto, todas as semanas, da China", mas reconheceu que gostaria de "ter mais serviços de outras companhias".
Lídia Sequeira explicou que é relevante que estes serviços façam "os principais portos da China e passem em Singapura" e, "depois, o primeiro porto de escala na Europa", seja o de Sines. Reiterando a "ambição" do porto de Sines ser "a porta atlântica da Europa", o tema dos seminários que decorrem na Expo 2010, a presidente do conselho de administração referiu a este propósito que a infra-estrutura tem vindo a crescer, apontando igualmente um conjunto de melhorias no porto, de que destacou o funcionamento 24 horas por dia, sete dias por semana.
O seminário, organização conjunta da aicep Global Parques e PSA Sines, que opera o terminal de contentores do porto de Sines, contou hoje com a participação de cerca de 70 pessoas, entre empresários e representantes de instituições de Xangai ligados à atividade portuária. Fonte: Cargo News em joseantoniomodesto.blogspot.com
O Fenómeno dos mares
Há duas possibilidades de você conhecer Al Copeland. Se gostar muito de comida, principalmente gordurosa, bem gordurosa, talvez já tenha ouvido falar na rede de fast-food americana Popeyes Chicken and Biscuits. Foi fundada por ele.
Não ajudou muito? Que tal cair no mar e tentar acompanhar in loco a uma corrida de lanchas? Bom, poderia ser perigoso, ainda mais se Al Copeland resolvesse cruzar o seu caminho. O empresário fez muito sucesso nas águas entre as décadas de 70 e 80, justamente o auge da modalidade nos Estados Unidos.
Hoje, seus feitos são apenas história. Portanto, não importa se você não o conhece. A memória dele, de alguma forma, permanece viva. Através sobretudo de seu filho, Al Copeland Jr., que se esforça para que suas façanhas não sejam esquecidas.
Desde que viu seu pai partir, em março de 2008, vítima de câncer, Al Jr. tem se dedicado a realizar os dois últimos desejos de seu eterno inspirador: descobrir a cura da doença e bater o recorde de velocidade no mar.
O primeiro objetivo ainda está um pouco distante. Mas o mais velho dos irmãos Copeland tem feito sua parte. Com a Fundação Al Copeland, vem conduzindo pesquisas e ajudando pessoas que sofrem com a enfermidade.
O segundo é mais palpável, pode-se dizer. E tem até previsão para ser atingido: início de julho. É quando Al Jr. pretende derrubar a marca de 354.85 km/h estabelecida por Dave Villwock. Não é uma tarefa fácil. Mas o homem dos negócios que, no mar, se transforma em piloto sabe com quem contar nesse desafio: o Fenômeno.
Não o atacante corintiano, claro. Esse é o nome - aqui, não apelido - de uma lancha, na verdade. Não é qualquer lancha. É uma lancha que, por muito tempo, foi sonhada por Al Copeland. Mas ele não pôde viver para vê-la escorregar pelas águas. Participou dos dois primeiros anos de sua construção. Foi, então, que teve diagnosticado o câncer. Oito meses depois, viria a perder essa batalha.
Mas o seu sonho se seguiria. E seria revelado em novembro do ano passado. Um possante dos mares que, se chama a atenção por sua multiplicidade de cores, não deixa por menos quando o assunto é velocidade. Pouco mais de 11 toneladas distribuídas em 17 metros de comprimento e impulsionadas por 4 motores e 12 mil cavalos. < br/> Não é pouca coisa, Al Copeland Jr. sabe disso. Ao contrário de seu homônimo brasileiro, o Fenômeno pode ir rápido, muito rápido. Algo em torno de 418 km/h. Para se ter uma ideia, um Boeing 737 voa a 804.67 km/h. É a resposta moderna ao famoso Titanic, sem Jack, Rose e o infame iceberg pela frente. Ao menos é o que esperam seus criadores.
Os primeiros testes não foram muito animadores. A lancha já esteve por sete vezes no mar. E após cada um delas, teve que ser recolhida para reparos e acertos. Mais preocupação para Liz, esposa de Al Jr., um dos que estará em seu interior quando o recorde de velocidade na superfície tentar ser quebrado. A outra será Scott Burnhardt. Poderiam ser mais quatro. Todas confortavelmente acomodadas em poltronas fabricadas com inspiração na Nascar. < br/> Nascar, Boeing - brincadeira à parte, alguns dos engenheiros vieram de lá -, mas como fazer para manter a lancha em águas seguras, longe das tão temidas ondulações? Bem, esse é o papel da asa canard instalada no convés. Ela tem como objetivo redirecionar o ar quando foi alcançada a velocidade de 289.68 km/h. Tudo em prol da segurança que tanto aflige a dedicada Liz.
Não resta dúvida. Os americanos já podem bater no peito e dizer: temos o nosso Fenômeno.