Junho 2014
O único cargueiro à vela do mundo
Entre as dezenas de embarcações ancoradas na marina da Horta, na ilha do Faial, o bergantim 3 Hombres , com os seus 32 metros de comprimento e altos mastros, chama a atenção de quem passa. À primeira vista, parece um navio deslocado no tempo, que remete para a época das epopeias marítimas, mas o seu objetivo é bem atual.
Concebido pelo austríaco Andreas Lackner e pelos holandeses Jorne Langelaan e Arjen Van der Veen, o projeto 3 Hombres pretende alertar para as "brutais emissões de gases tóxicos provocadas pela marinha mercante contemporânea". É, atualmente, o único navio cargueiro sem motor a realizar transporte internacional de mercadorias, numa lógica não só de comércio justo mas também de transporte justo, um conceito que pretendem disseminar por todo o mundo.
"Quando chegamos a um novo destino, a primeira impressão dos habitantes é que somos um bando de hippies com ar de piratas mas, depois de explicarmos o nosso projeto, tudo muda", afirma o capitão Lammert Osinga, 35 anos. E já se começou a espalhar a palavra, como constataram ao aportar pela primeira vez em Manaus, no Brasil. "Havia muita gente à nossa espera, para nos mostrar produtos que poderíamos trazer para a Europa", recorda. A embarcação, com capacidade para 35 toneladas de carga, foi construída de raiz e à mão, segundo os métodos tradicionais, por mais de 100 voluntários de 25 países. Opera todo o ano entre a Europa, as ilhas do Atlântico, Caraíbas e América. Este ano, expandiu a sua rota até à Noruega, de onde trouxe bacalhau para Portugal. Pelo caminho, passou também por França, a fim de carregar barricas de vinho biológico, que irão envelhecer nos seus porões.
Em paralelo com o transporte de mercadorias, o 3 Hombres funciona como navio-escola. À tripulação profissional de sete elementos juntam-se oito estudantes, que começam por aprender o básico da marinharia à vela. Os alunos iniciam o programa no "degrau mais baixo da escada", como refere Lammert, e, depois, vão evoluindo de acordo com o tempo a bordo. No final do curso, recebem um certificado, "que pode ir de marinheiro comum a capitão".
Além de dar nome ao navio, a marca 3 Hombres expandiu-se para o sector alimentar, através da comercialização de chocolate e rum, adquiridos a produtores locais, nas Caraíbas, de acordo com as regras do comércio justo, e, depois, vendidos na Europa, onde se têm revelado um sucesso especialmente o rum de 15 anos, amadurecido a bordo, em barricas de carvalho, durante cinco meses.
Ler mais/Fonte: visao.sapo.pt
Achado arqueológico em Esposende
A mais recente situação de mau tempo, durante o último Inverno, com violenta ondulação na costa, pôs a descoberto um achado inédito, em Esposende, que tem vindo a ser recuperado e tratado pelo núcleo arqueológico da Camara Municipal, composto por traves de madeira pertencentes a navio ou navios ali naufragados, com destaque para munições de vários tipos e grande quantidade de artefactos em estanho e latão.
Neste achado foi determinante a acção responsável de uma família residente próximo à praia de Belinho, em S. Paio de Antas, cujo empenho na recolha dos artefactos e posterior comunicação à Camara Municipal merece um público louvor. Os materiais encontrados poderão estar eventualmente ligados a dois sinistros, um na Época Romana, com centenas de materiais cerâmicos, e um outro na Época Moderna (contemporânea ao período dos descobrimentos), de que fazem parte as peças da própria embarcação e a já citada larga quantidade de artefactos metálicos.
Toda a costa marítima de Esposende tem servido de palco ao longo dos anos a diversos tipos de sinistros marítimos, estando referenciadas numerosas situações de navios encalhados nos “Cavalos de Fão”, onde alguns acabaram por se perder. São conhecidos também sinistros resultantes da formação de densos mantos de nevoeiro, durante o verão, e inevitavelmente outros tantos provocados por vaga alterosa durante a passagem de violentos temporais. E da mesma forma terá de ser considerado o afundamento de navios mercantes por submarinos, em ambos os períodos das duas guerras mundiais, tal como antes, pela acção do corso, que no passado aterrorizou os marítimos do norte do país.
Este e outro património cultural previamente recolhido, encontra-se protegido através da entidade que tutela o respectivo património, i.e. a Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), através do Centro Nacional de Arqueologia Náutica3057 02 e Subaquática (CNANS) – a tutela do território onde ocorrem os achados – Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), Capitania do Porto de Viana do Castelo e a União de freguesias de Belinho e Mar – para além da tutela da segurança territorial - Polícia Marítima, Delegação Marítima de Esposende, GNR – Posto Territorial de Esposende e Subdestacamento de Controlo Costeiro de Esposende.
Por força deste extraordinário achado, neste ano, o grupo de investigação foi alargado, integrando especialista nesta área, casos da Doutoranda Maria Luísa Pinheiro Blot, Prof. Dr. Jean-Yves Blot, Prof. Dr. Luís Filipe Castro e Doutorando José António Bettencourt. Paralelamente o grupo conta com o valioso contributo de José António Samuel, desenhador naval e especialista em réplicas de embarcações quinhentistas. Uma nova infraestrutura logística apoia este projeto, constituida por uma biblioteca especializada (Centro de documentação) e por um laboratório de conservação – em rede com o Museu D. Diogo de Sousa (Braga), o Museu Marítimo de Esposende e o Gabinete de Arqueologia da Camara Municipal de Vila do Conde, três equipamentos que através de protocolo otimizam os recursos e o conhecimento de cada um – e a criação de um grupo de investigação permanente para o estudo e divulgação cultural, nos quais se destacam os consultores Prof. Dr. Carlos Alberto Brochado de Almeida, o Prof. Dr. Rui Morais, a Prof. Daª Helena Granja e os arqueólogos da autarquia de Esposende, Drª Ana Paula Almeida, Drª Ivone Magalhães e Rui Cavalheiro.
Ler mais/Fonte: revistademarinha.com
Tripulação mais jovem da Volvo Ocean Race terá Paul Cayard como monitor
O Team Alvimedica, barco de bandeira dos EUA e Turquia, será a equipe mais jovem da Volvo Ocean Race 2014-15. A tripulação, formada por velejadores com até 30 anos, terá o comando dos norte-americanos Charlie Enright e Mark Towill. A novidade foi a escolha de Paul Cayard, um dos maiores nomes da modalidade, que será uma espécie de mentor dos jovens atletas do Team Alvimedica. O ícone da vela mundial já participou de testes com a equipe em Cascais, em Portugal, base de treinos do time. “Escolhemos o lendário Paul Cayard, que venceu a regata de 1997-98, e é um dos grandes da vela. Ele sabe tudo sobre a Volvo Ocean Race e sobre a modalidade. É um especialista em oceano e em regatas curtas. Vale a pena absorver seus conhecimentos”, disse Charlie Enright.
Paul Cayard, como citou Enright, venceu a edição 1997-98 da regata a bordo do EF Language. Agora com o chancela de mais experiente e campeão, o velejador norte-americano quer passar seus ensinamentos ao time mais novo da Volvo Ocean Race. “Esses caras me fazem lembrar de quando comecei. Eles ainda estão ‘verdes’, mas estão abertos a aprender tudo o que podem. Foi importante esse período de testes em Cascais”. O velejador Paul Cayard, além da vitória na Volvo Ocean Race, já correu a America´s Cup e os Jogos Olímpicos.
“Esses meninos já mostraram coragem de sobra pra fazer essa campanha. Agora eles vão precisar de treinos para enfrentar essa aventura, por isso precisam pensar fora da caixinha, inovando. Foi assim que fizemos em 1998 com o EF Language, que foi flexível e se adaptou bem às regras. O Team Alvimedica está tomando o mesmo caminho”, finalizou Paul Cayard. A equipe ainda não foi 100% definida, mas certamente o Team Alvimedica pulou na frente ao escolher esse ícone da vela para se juntar ao time.
A Volvo Ocean Race começa em 4 de outubro com a primeira in-port race em Alicante, na Espanha, antes da primeira perna até a Cidade do Cabo, na África do Sul. A regata tem ao todo 38.739 milhas náuticas e termina em Gotemburgo, na Suécia.
Ler mais/Fonte: trilhaseaventuras.com.br
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